quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Brigas Conjugais


     O que se tem observado é que, as brigas conjugais se tornam constantes e ficam indissolúveis quando os cônjuges não conseguem compreender um ao outro e têm dificuldades em aceitar os pontos de vista do outro, itens básicos para uma relação de qualidade. Assim, muitas vezes acabam voltando sempre na mesma briga e retomando os mesmos motivos que desencadeiam em discussões.
         Por este motivo, as brigas na relação conjugal são sempre vistas como algo negativo e que deve ser evitada a todo custo. No entanto, esta é também a forma como o casal tem de se fazer conhecer pelo outro, de se revelar, mostrando suas características e potencias, além de ser uma forma de manter sua individualidade e privacidade. Dessa forma, evitar as brigas pode não ser tão eficiente assim, uma vez que impede a intimidade entre o casal e faz com que a raiva e o ressentimento fiquem guardados e vão se acumulando ao longo dos desentendimentos. Logo, evitar brigas pode ser um dos ingredientes que podem deteriorar a relação.
       Sendo assim, se evitar brigas não é a melhor opção, o casal deve aprender a brigar com habilidade. Isto é, saber expressar adequadamente a sua raiva e seus sentimentos, ao invés de fazer apenas críticas e acusações ao parceiro. Dessa forma, o casal deve aprender a fazer críticas construtivas, sem ofender ou desmerecer o parceiro, sabendo ainda colocar os seus pontos de vista e sabendo escutar e reconhecer os pontos de vista do parceiro e suas pontuações. Além de se preocupar em aprender também a brigar por motivos atuais e reais, ou seja, a não brigar por qualquer motivo, nem tampouco por coisas passadas e brigas já superadas, pois assim o casal fica preso num ciclo vicioso de brigar a mesma briga repetidamente.

     Ψ Brigas Conjugais e Psicoterapia: A psicoterapia de casal pode auxiliar o casal a brigar com qualidade, aprendendo a conversar e defender seus pontos de vista sem invadir ou ofender o parceiro, aceitando suas diferenças e sabendo ouvir o que o outro tem a dizer. Além de trabalhar para que saibam expressar seus sentimentos, inclusive sua raiva, com sensatez, se fazendo ser compreendido pelo outro e sabendo avaliar o que realmente vale a pena ser brigado e o que pode ser relevado.